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Valorização Docente

O Cenpec contribui com a valorização docente centrando esforços na formação continuada desses profissionais, o que acabou tornando-se parte do DNA da organização e uma das fontes de seu reconhecimento público. Esse foco de atuação baseia-se na premissa de que o professor é um dos sujeitos centrais do processo educativo.

 

As formações realizadas, os ambientes virtuais e os materiais desenvolvidos pelo Cenpec pautam-se em alguns pressupostos, como o reconhecimento e a valorização do conhecimento produzido pelo professor no exercício da atividade docente; a articulação entre teoria e prática, rompendo a dicotomia entre saber e fazer; a compreensão da escola como lócus formativo e a reflexão constante e conjunta sobre a prática como estratégia de aprimoramento profissional.

 

Sempre em articulação com o poder público e com o objetivo de promover mudanças efetivas e duradouras nas redes, nossa atuação busca:

 

Respaldar questões da prática didática de sala de aula

 

As formações realizadas pelo Cenpec apoiam-se em materiais com orientações didáticas claras e que dialogam com a prática de sala de aula e em ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), que oferecem suporte aos educadores pela oferta de conteúdos e de espaços para colaboração e interação.

 

A Olimpíada de Língua Portuguesa, por exemplo, programa de abrangência nacional, disponibiliza materiais como a Coleção da Olimpíada. Estruturada por gêneros textuais (poema, memórias, crônica e artigo de opinião), a Coleção apresenta orientações de atividades para o professor, considerando a faixa etária dos alunos e utilizando-se de sequências didáticas.

A valorização docente, no entanto, vai além da questão salarial, envolvendo outros elementos, como o direito a uma formação inicial e continuada de qualidade, a garantia de condições adequadas de trabalho e o reconhecimento do professor como detentor de um saber específico.

 

Vale lembrar que esse atributo docente – a produção de conhecimento – não é na maioria das vezes considerado na elaboração das políticas, uma vez que os professores não são ouvidos nem envolvidos no desenho de programas e projetos que afetam diretamente a sua atividade. Isto é, são reduzidos a meros aplicadores de materiais estruturados.

 

A despeito das dificuldades das redes de ensino em encontrar professores qualificados para docência e em contradição com o discurso comum a respeito da importância da educação, governos estaduais e municipais vêm descumprindo a Lei do Piso.

 

O texto da Lei afirma ainda que os estados e municípios deverão elaborar ou readequar seus planos de carreira e remuneração de acordo com o piso definido pelo Ministério da Educação (MEC). A existência de um plano de carreira, com critérios e níveis bem definidos, constitui outro componente essencial para que o ofício docente adquira outro status, apresentando perspectivas de ascensão profissional e atraindo jovens para o magistério.

 

Uma das principais medidas apontadas como urgentes para valorização docente é a melhoria dos salários pagos aos professores da educação básica. Com esse propósito, foi aprovada em 2008 a Lei do Piso Nacional do Magistério, que, além de assegurar uma remuneração mínima aos docentes, determina que 1/3 da jornada de trabalho seja dedicada às atividades fora da sala de aula, como planejamento de atividades.

 

Os baixos percentuais de estudantes que pretendem ingressar na carreira docente e o déficit de professores em algumas disciplinas são algumas evidências da necessidade urgente de valorização da carreira docente no País.

 

Meta 15:

garantir, em

regime de

colaboração

entre a União, os

Estados, o Distrito Federal

e os Municípios, no prazo de um ano de vigência deste PNE, política nacional de formação e valorização dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurando a todos os professores formação em nível superior na respectiva área de atuação.

 

Meta 16:

Formar, até o último ano de vigência deste PNE, 50% dos professores que atuam na educação básica em curso de pós-graduação stricto ou lato sensu em sua área de atuação, e garantir que os profissionais da educação básica tenham acesso à formação continuada, considerando as necessidades e contextos dos vários sistemas de ensino.

 

Meta 17:

valorizar os profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.

 

Meta 18:

assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de carreira para os profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

 

Veja o infográfico sobre a tramitação do PNE no Congresso.

Apenas quatro estados e o Distrito Federal cumprem integralmente a Lei do Piso Nacional do Magistério.

Fonte: Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)

Coleção da Olimpíada
 

O conteúdo de cada um dos cadernos que compõem a Coleção obedecem às seguintes etapas:

 

  1. Diagnóstico: atividades que buscam introduzir o gênero textual e apreender o que os alunos já conhecem sobre ele.
     

  2. Conhecimento sobre o gênero: com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre o gênero, as atividades têm a intenção de: Ampliar as referências apresentando autores e textos em diferentes suportes. Propiciar ao aluno a vivência de diferentes situações de produção, atentando para o que e como escrever, quem é o leitor e onde o texto circula. Nessa etapa, as atividades procuram alimentar a temática, por meio de orientações para pesquisa, entrevistas e análise de textos.
     

  3. O aluno como autor: a partir dos processos de revisão, reescrita e análise de texto, estimula-se a autonomia do aluno para a produção de textos autorais.

 

Outro exemplo de conteúdo produzido pelo Programa com esse foco é a revista Na Ponta do Lápis. Com três edições por ano, distribuída para 150 mil escolas de todo o País, a publicação apresenta seções dialogam com a prática docente lançando mão de diferentes estratégias.

Formações presenciais da
Olimpíada de Língua Portuguesa - 2013

Seções da revista Na Ponta do Lápis
 

O relato de prática do professor, na seção Tirando de Letra, estimula o professor a compartilhar sua experiência no ensino da língua portuguesa.

 

A partir das necessidades formativas identificadas, a seção De Olho na Prática aborda questões específicas do ensino da língua, colocando à disposição do professor estratégias e atividades com alunos.

 

Por último, em Óculos de Leitura, é possível se aproximar do universo da leitura por meio de relatos de autores consagrados e artigos de especialistas.

 

Por meio da sua comunidade virtual, a Olimpíada também oferece aos professores uma série de materiais e recursos com finalidades diversas: auxiliar no trabalho em sala de aula, como os Cadernos Virtuais; contribuir com a formação, como os cursos virtuais; propiciar a interação e troca entre os docentes, através do fórum. Também foi inaugurada em 2013 a seção “Pergunte à Olímpia”,  que esclarece dúvidas sobre práticas de trabalho com a língua portuguesa enviadas pelos professores.

 

Construir comunidades de aprendizagem entre educadores

 

 

A utilização dos AVA nos processos formativos realizados pelo Cenpec tem como objetivo contribuir e subsidiar o processo de reflexão teórica e, de forma articulada, fornecer ferramentas para a prática. O estímulo à participação dos educadores também tem como função direcionar o desenvolvimento de novas estratégias e produtos, já que proporciona um fiel retrato das dificuldades encontradas no exercício da docência e das necessidades formativas.

 

Às formações dessa natureza são agregadas estratégias de constituição de redes locais compostas por agentes com potencial de disseminar metodologias e conteúdos e fortalecer os profissionais das redes de ensino para o exercício de seu papel formativo.

 

Por meio da construção de comunidades de aprendizagem e de um aporte de materiais de apoio ao professor, o Cenpec busca estimular a autogestão do processo formativo pelo docente. Almejamos com isso que o professor componha seu próprio percurso formativo, rompendo com uma situação profissional tutelada e superando a formação que ensina a dar respostas “certas” no momento “certo”.

 

Essa experiência de gestão autônoma do seu conhecimento pelo professor pode promover mudanças na sala de aula, na medida em que possibilita que ele estabeleça uma outra relação com a construção do conhecimento e, consequentemente, ressignifique o seu papel como educador.

 

Nesse processo, a utilização de ambientes virtuais tem uma dupla finalidade: colocar os recursos multimídia e o acesso a uma infinidade de dados e informações disponíveis na rede a serviço da formação docente e ao mesmo tempo familiarizá-lo com esse universo, mostrando todo seu potencial pedagógico.

 

Em 2013, o Cenpec disponibilizou, por meio de recursos digitais e online, um conjunto de conteúdos, oficinas e fóruns de discussão aos professores interessados em se aprimorar profissionalmente e interagir com seus pares. A Plataforma do Letramento concretiza bem essa proposta, pois foi concebida de modo que o educador possa selecionar os conteúdos que mais lhe interessem (entre artigos, entrevistas, publicações, notícias e infográficos), inscrever-se nos cursos online de acordo com suas necessidades e compartilhar experiências, dúvidas e aprendizados.

 

Promover a articulação entre os diferentes atores envolvidos na gestão da aprendizagem

 

A implementação bem-sucedida de uma política educacional depende do alinhamento e apropriação da proposta pelos diferentes atores envolvidos. Desse modo, nossas formações se inserem dentro de um projeto que visa não só o docente, mas também toda equipe gestora (coordenadores, diretores e técnicos de secretaria).

 

É o caso, por exemplo, do Brincar e Entre na Roda – ambas iniciativas da Fundação Volkswagen com a coordenação técnica do Cenpec. Os dois projetos formam professores, com focos distintos; o primeiro, centrado na cultura da infância e na importância do brincar e o segundo, na formação de mediadores de leitura. Em ambas as metodologias, no entanto, é prevista a participação de gestores e técnicos das secretarias nas formações com objetivo de garantir que eles compreendam a proposta, criem condições para sua implementação e realizem a articulação e o acompanhamento do projeto.

 

Debate público

 

O Cenpec também procura manter-se atualizado frente às discussões no meio acadêmico relacionadas à formação docente, acompanhando o surgimento de novas metodologias e a reformulação de outras já existentes, e propor reflexões sobre o tema junto aos seus profissionais e demais interessados. Com esse objetivo, promovemos em 23 de julho encontro com a diretora do programa de Mestrado em Leitura e Alfabetização da Universidade de Harvard, Pamela Mason. A pesquisadora falou sobre tutoria, a construção de comunidades de prática na escola e de como a ideia de “narrativa pública” contribui para uma atuação coletiva em prol de objetivos comuns.

 

Em 2013, lançando mão do alcance e capacidade de disseminação das redes sociais, o Cenpec veiculou em sua página no Facebook, na semana em que se celebra o Dia do Professor, campanha chamando a atenção para necessidade de valorização da carreira docente. Também convidamos nossos seguidores a enviarem relatos homenageando mestres que marcaram suas trajetórias escolares. Confira abaixo dados relativos à repercussão da campanha na rede:

“Maravilha a ideia do caderno virtual escrito de forma clara, as oficinas bem direcionadas passo-a-passo para o professor administrar suas atividades em sala, parabenizo toda a equipe”.

 

Abigail Silva de Souza

“Fiquei encantada com a edição do Caderno Virtual. Trata-se de uma excelente ferramenta pedagógica! Parabéns!!!”

 

Roberta Sigaud Xavier

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